segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Des)(ordem

chegou, pediu, levou, sorriu, falou, amou, ficou,
na madrugada aqui dentro, a escuridão 
foi sem palavra, foi no susto e com piada, sem remorso, com doçura, sem dúvida e sem dilema, era a música, foi a musica, o quente, a chuva, o áspero azul, o  quase verde claro e dourado reluzente
chegou, sorriu, levou, amou, ficou, brincou, cantou
 no amanhecer lá fora, o clarão
foi sem querer, com vontade, foi sem pensar com atropelo, sem culpa porque tinha a dança ilógica,
 maos, pernas, surpresa, cegueira, cintura,
 foi com a loucura
chegou, pediu, tomou, sorriu, queimou, fiquei
 por querer demais

Dose Simples

De tanto pedir amor, o amor me foi negado
Ah, nao me contaram que amor nao se cobiça,
Se ganha sempre sem saber que ganhou, quando se está distraido
Que é beleza sem uso 
E na prateleira descansa parado,
Aquele tal amor que pedi e me negaram

Ah, vou esquecer
E ter a graça do que é me dado
Forte e colorido, acústico
Corriqueiro e riscado, não quero o cristal
Agora estou preparado
Ah, quero o leite, o sangue, o álcool
Do meu amor desconhecido
Em um copo de vidro barato