sábado, 11 de junho de 2011

Noite Afiada

cortante.
a noite está cortando o meu rosto
tem uma dor que vem do vento frio, da chuva,
do meu coração insalubre
dessa quinta-feira molhada
do desamparo


cortante.
a noite está me cortando por dentro
tem uma dor que vem sei lá de onde
do meu coração machucado, do meu coração todo errado
dessa sexta feira excessivamente fria
da minha confusão aguda, da minha própria bagunça


cortante.
é a noite, é a minha dor
bem lá dentro a minha dor me alcança
e me corta, a minha dor me encontra
no meu esconderijo,
ela me corta e me deixa, ela me corta e me deixa

cortante.
a noite fria, a noite afiada,  a ventania
eu sozinha

2 comentários:

Eduardo Santos disse...

Olá Cris. Interessante este poema "Noite Afiada". Aliás, seu espaço merece uma visita repetida, espero poder fazê-lo em breve. Tudo de bom.

Eduardo Santos disse...

Olá Cris. Interessante este poema "Noite Afiada". Aliás, seu espaço merece uma visita repetida, espero poder fazê-lo em breve. Tudo de bom.