sexta-feira, 2 de novembro de 2007

...porque chovia...e eu estava descalça...

...ocasional, imperfeito, uma saudade do que ainda vai acontecer sem hora marcada, sem previsão, bem assim à vontade, eu vou estar de saia e sandálias, a cerveja vai estar gelada, vou sentar na calçada e tudo vai ser como a descoberta daquela rima que faltava no fim...

...acaso e coincidências me fazem rir demais, lembranças a me deliciar com o inédito que vai ocorrer, palavras que soam bem, a noite se apresenta em detalhes como se não existisse nada além do prazer que fica congelado, nesta história que precisava de você e de você para acontecer, em uma certa rua, naquela esquina, do outro lado do mundo, como a letra de um samba antigo onde cada frase já nasce com melodia...

...a chuva que me lava, me leva, meu pés descalços, meus cabelos pingam displicentes e essa mão que segura a minha, essa mão na minha cintura é tão bom que só falta você ler pensamentos...

3 comentários:

sensação de violeta disse...

ahhhhhhhh essas reticências antes nas suas frases...rs
eu adorei , é como tivesse acontecido mesmo dessa maneira..
mas aconteceu , na sua visão poética sim..
...porque chovia.. e eu estava descalça...

Catharina Wrede disse...

lindo!

Izabela disse...

tão leve de ler... que "lava" a alma! Eu queria tanto um pouco dessa leveza! Acho que minha narrativa pesa como uma bigorna, na cabeça... (rs). Então passo aqui pra descansar...