domingo, 14 de junho de 2009

No Colo do Amor Impermanente








A flecha envenenada do ciúme fincada na minha garganta me tira o ar.
Estanco a dor a fingir que nada me feriu.
Negro e fétido é o ciúme quando me faz vibrar nas costelas o ar que nao tenho para respirar.
Picada de cobra é o ciúme.
O ciúme é o veneno que me rasga as veias e no silêncio me ponho a sofrer.
Você não sabe, nem nunca vai saber, do ciúme que me corroi, me deixa séria e vazia.
É na veia do pescoço que o ciúme me dói mas eu espero.
Faço pequena incisão ali onde a veia explode. E te peço:
- Vem, cura-me...
E o veneno não me faz mal, faz mágica.
Porque eu que sou feita de amor te sirvo
Ao invés de perguntas tolas, beijos
E ao invés de palavras duras, coisa de mulher insegura,
Te dou meus olhos para te mostrar o mundo,
Risos dias felizes liberdade vontade sonhos doçura minha e tua
Nada de ciúme, antes o colo amor, o desapego
Desapego tão forte de querer-te por dentro,
O que posso dar a mais do que o tudo que tenho
O maior amor do mundo amor
Feito desta vida impermanente

Estendo as mãos, sou tua, só tua.

4 comentários:

A.Nanda disse...

Q foda isso! É demais...

Carol Aquini disse...

"Sobre toda estrada, sobre toda sala
Paira, monstruosa, a sombra do ciúme"

Caetano Veloso.

Uhul arrasou no visual novo e no texto também!!

Beijos,

Andrè Dale disse...

LINDO! Adorei!

Unknown disse...

Delirante ciúmes o ciúme delirante, aquele que vive de sofrer por ciúmes, acreditando sofrer por viver.
Não é o seu caso, amiga, que sabe transmutar e continuar amando, apenas amando.
Muito boooooooooooom!