A Saudade me assaltou na madrugada,
Na ingenuidade da primeira aurora
E eu, eu me deixei envolver pelas sutilezas
De um cheiro, de um corpo, de apenas um momento
Não me parece uma boa ideia,
A idéia da Saudade inesperada
Quando chega ela sorrateira e me arrebata
Naquela hora triste e linda
A hora de todos os gozos, a hora de todas as mortes
Antes do sol nascer
A Saudade psicodélica de você me prendeu na alvorada sem sol
Pela cintura me tomou sob o céu quase escuro
E me tragou disfarçada na doçura de mãos perigosas
A Saudade incontida de você
E me trouxe a lembrança
Do seu corpo quente a se misturar
Entre as minhas pernas frias
Ela me sequestrou com perfume
E me paralisou na curva do seu pescoço
A saudade psicodélica de você me entorpece
Tira meu descanso, minhas horas de sono
As certezas e a vontade
De ter vontade de dizer não
E como em um ritual natural muito antigo
Grego, Dionísiaco
Entre o Humano e o Divino
Eu te adoro, te adoro, Eu te adoro
Com toda minha ternura, com todo meu tormento.
3 comentários:
"E me tragou disfarçada na doçura de mãos perigosas" fantástico!!
Ai que lindo, Cris! Adorei! Vou ler mais uma vez e ficar lendo, lendo e lendo...
É pra ler mais e mais msm...
Bjo
Postar um comentário