terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Assalto Psicodélico de Saudade

A Saudade me assaltou na madrugada,
Na ingenuidade da primeira aurora
E eu, eu me deixei envolver  pelas sutilezas
De um cheiro, de um corpo, de apenas um momento

Não me parece uma boa ideia,
A idéia da Saudade inesperada 
Quando chega ela sorrateira e me arrebata 
Naquela hora triste e linda

A hora de todos os gozos, a hora de todas as mortes                                                     

Antes do sol nascer
A Saudade psicodélica de você me prendeu na alvorada sem sol 
Pela cintura me tomou  sob o céu quase escuro
E me tragou disfarçada na doçura de mãos perigosas

A Saudade incontida de você
E me trouxe a lembrança
Do seu corpo quente a  se misturar
Entre as minhas pernas frias
Ela me sequestrou com perfume
E me paralisou na curva do seu pescoço
A saudade psicodélica de você me entorpece
Tira meu descanso, minhas horas de sono

As certezas e a vontade
De ter vontade de dizer não

E como em um ritual natural muito antigo

Grego, Dionísiaco
Entre o Humano e o Divino
Eu te adoro, te adoro,
Eu te adoro


Com toda minha ternura, com todo meu tormento.

3 comentários:

Andresa disse...

"E me tragou disfarçada na doçura de mãos perigosas" fantástico!!

Carol Aquini disse...

Ai que lindo, Cris! Adorei! Vou ler mais uma vez e ficar lendo, lendo e lendo...

Izabela disse...

É pra ler mais e mais msm...
Bjo