terça-feira, 5 de abril de 2011

O Misterio

A mania de querer desvendar os misterios me desgastou desde cedo.
Agora eu sei que o grande misterio, e a vida intensa que nele habita, devem ser respeitados.
Desvendar é para gente sem imaginação. É para aquela gente sem assunto.
E porque sou humana, há  em mim uma certa fraqueza, mas eu me perdoo e sigo e digo, com alguma convicção: nunca mais a obviedade.


Aqui estou de novo aprendendo o que sempre ensinei.
Eu sei que a sabedoria não está na razão mas em sentir no mais profundo silêncio.
Vou me calar, e tentar respirar, nao vou mais querer saber de nenhuma verdade.
A quem importa, a quem agrada a verdade, esta palavra dura.
Não quero a vida feita de definição.
Vou me calar, nenhum rótulo me alcança.


Eu preciso da vida assim: misteriosa
Eu prefiro a vida assim: silenciosa
Eu te quero respirando dentro de mim
Teus olhos fechados olhando os meus
Sem  nenhuma palavra para difinir
Sem comentários, previsões, certezas
Somente o silencio que fica entre nós
Eu te quero natural, sem perguntas,
Quem precisa de respostas?
Eu quero a tua subjetividade 


Eu preciso de riso, adivinhação, divindade misturada com loucura
Não quero te desvendar
Vou incorporar o misterio

3 comentários:

Clower disse...

Z E N

Cris disse...

zen é vc, mestre!

Carol Aquini disse...

Criiiis, agora que li esse seu texto!!! O meu ficou super inspired, vou apagar lá hahaha! Não tinha entendido quando vc falou do "seu mistério"! aloka! Juro que não foi de propósito, to chocadaaaa!!!!