domingo, 24 de julho de 2011

E Só

Hoje eu não quero.
Hoje eu não quero nada.
Hoje eu não quero nem ser eu.
Hoje eu não quero ser ninguem, nem existir eu quero.
E de fato não sei bem onde estou
Quero mudar de rua, de casa, de endereço.
Quero pegar o carrro e ir para Petropolis, São Paulo
Para o interior de Goias e quem sabe as Minas Gerais.
Mas cidade não.
Quero um fim de mundo, a mata verde e arvores grandes
Quero respirar
Hoje não quero mais nada, nem existir eu quero
Hoje não quero ter nome, estou cansada
Não quero que ninguem me chame
Neste dia obscuro e ainda claro, quero esquecer o hoje, o ontem, o amanhã
E só pensar que eu não quero que seja Domingo.
Porque Domingo só é bonito na música do Tim
Que por sinal nem gosto tanto assim
Eu não quero o Domingo, com as mãos muito frias, com o corpo dolorido
Ferido, pelo espinho taquicardíaco
Vamos pular para Segunda-feira e acreditar que tudo melhore
Sem dor, sem falta de ar, sem tristeza
E talvez na quinta a estranheza passe
O dia está branco, tomara estivesse cinza para combinar comigo
Com a bolsa, o sapato, o relogio e os brincos
E o meu coração vazio
Hoje nao quero nada, nem estas palavras
Eu quero logo que anoiteça sem ligar a Tv
Sem musica, sem barulhos, sem nada a dizer
Hoje eu não quero nada, nem ser eu, estou cansada
Vou pegar um foguete para outro planeta
Hoje eu só queria as estrelas
E só,
E chega!

Um comentário:

NA PISTA COM ELES ... disse...

Maravilhoso isso! As vezes quero ser um "indigente" na multidão.
bjsbjsbjs