quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Te amo como amo tuas ideias, que são minhas, e de todos que se entregam a elas.


Formidável. Colossal. Gigantesco. Fantástico. Magnífico. Avassalador.

As palavras são assim. Um significado e muitas nuances. Cada sinônimo uma carga de sentimento, uma nova imagem, uma outra maneira de dizer quase a mesma coisa. Eu aprendo muito com as palavras e nos últimos tempos o exercício obrigatório de escrever, acima de qualquer inspiração, me tornou uma pessoa melhor. Estou mais excentricamente eu e sabe-se lá o ônus que isso me causa, não sei, não me importa.

Eu não nasci para ser normal. No sentido mais perverso da normalidade. Desde que me entendo por gente penso ter aterrisado no planeta errado. No entanto, quando me dei conta que ser diferente é formidável tudo mudou.  Quando percebi que possuía o trunfo da estranheza a vida ficou mais fácil. Entendi que não posso ser ninguém melhor, se não for eu totalmente. O grande desafio está comigo. Na falta de normalidade. Na capacidade de me reinventar. Na minha tolerância. A minha tolerância é silenciosa mas não admite a prisão dos rótulos e não suporta as análises sociais feitas com base na falta de assunto.

Eu quero ser meu próprio personagem.

O meu personagem vive aventuras e tem um coração que segue uma bússola doida. Ele quer o amor, ele quer amar o amor que existe no mundo. Ele tem uma saga a cumprir e descobriu que ser apropriado e caber dentro do paletó atrapalha. O meu herói frágil, mas ainda sim um herói, não tem armas e só acredita na palavra, na palavra dita de todas as formas, na palavra sentida de todas as maneiras. Eu sigo com ele a descobrir trilhas para alcançar um lugar que nunca chega, pois o nosso lugar está no caminho.
Faz tempo parei de tentar me encaixar, não quero mais caber na roupa, deixei de usar o figurino adequado. O que sei é o que sinto. Estou a cada dia mais inteira, com todas as manias e fragilidades, verborragias e vícios. E estar inteiramente é como um egoísmo que nos transforma na pessoa mais generosa do mundo.

Eu desejo o extraordinário, os vários tons da mesma palavra. Todos os sinônimos. E o meu personagem, ele é intenso, está cada vez mais destemido e amoroso, perigosamente amoroso. Ser amoroso é a grande rebeldia. E saber receber o amor é o maior de todos os desafios.

Um comentário:

NA PISTA COM ELES ... disse...

Sensacional....só para variar!
Sou fã!
bjs