Devo dizer eu te acho bonita
na medida, sem tirar nem por
a passear, passear
misturando a cor dos olhos
no nublado
de um frio azul de sábado
misturando o seu jeito calado
com o burburinho da rua, dos bazares
Devo dizer eu te acho bonita
quando pego nas suas maos frias,
nas suas cicatrizes,
e quando sinto o silêncio que disfarça sua dores
eu gostaria muito de dizer
te acho linda
tomando caipirinha feito turista
no entardecer do posto nove
bem perto da areia quando as ilhas estao negras
contra o azul do ceu escuro
falando monossílabos a sorrir intenções indefinidas
a sorrir nem sei de quê, do garçom desatento,
de um menino moleque negociando o chiclete
ou comendo amendoim torrado de duvidosa procedencia
Devo dizer te acho bonita
na rotina de um sabado tranquilo
sem preocupações aparentes
quando o tempo não existe e passa lento
e rapido para contar somente sensações
a nos dizer que o mundo cabe dentro da vida
da vida que ainda não se viveu
da vida que está acontecendo
sem perguntas nem respostas
na esquina da rua maria quiteria com a tal vieira souto
Devo dizer que te acho bonita
cheia de doçura e problemas
te acho muito, muito mais linda
reinando em Ipanema, meu amor,
atravessando a rua e indo embora no taxi
já não sei se sou eu,
a segunda caipirinha de vodka
smirnoff, o limão muito verde e ácido
mas ouço uma musica boa
e atravesso o leblon de olhos fechados
Os objetos de luxo da minha vida eu guardo na memória, o que me foi único, o que me é próprio. Os objetos de luxo da minha vida me fazem maior e mais generosa, me salvam da mediocridade. Palavras para reinventar o mundo, atitudes,persistência. Poesia, compaixão e crença. Risos. Humor-objeto básico- repleto de muito luxo. O pensamento vivo, música, o sol de outono, os olhos emocionados, filhos - e a mão que desejo sobre a minha.
domingo, 22 de maio de 2011
sábado, 21 de maio de 2011
Quadrinha de Cinco
Há um céu que não entendo.
A lua cheia, um infinito de estrelas.
Perguntas nem sempre precisam de respostas.
Mas pra salvar de qualquer incógnita,
Há o sentimento.
A lua cheia, um infinito de estrelas.
Perguntas nem sempre precisam de respostas.
Mas pra salvar de qualquer incógnita,
Há o sentimento.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Ele e Eu
Meu coração é uma ciranda, rodando
Contra o horario
É uma corrente girando ao contrário
meu coração desgovernado
Em um roda viva estamos
Sozinhos
Ele eu
Meu coração está fechado em um quarto escuro
É animal sem rumo,
Está selvagem, arfando, acuado
À procura da saída
Em uma roda viva estamos
Sozinhos
Ele e eu
Contra o horario
É uma corrente girando ao contrário
meu coração desgovernado
Em um roda viva estamos
Sozinhos
Ele eu
Meu coração está fechado em um quarto escuro
É animal sem rumo,
Está selvagem, arfando, acuado
À procura da saída
Em uma roda viva estamos
Sozinhos
Ele e eu
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Do Que Eu Preciso
Preciso das minhas corridas de alguns quilometros, suar, parar de beber, parar de fumar, meditar, respirar e não suspirar a todo instante, voltar a nadar e acreditar muito em mim, preciso acreditar mais em mim sim e muito mais em você também, não pensar deixar sonhar, ouvir músicas novas, deixar fluir e cortar o cabelo, fazer as unhas, comer as frutas da estação, tomar vitamina, gostar de passar batom e não perder tanto, os brincos.
Eu preciso ouvir mais meu intimo e crer em tudo que digo e gostar de você sem grilos, sem paranóias, parar de fazer caras estranhas, ler toda a poesia da estante, Guimarães Rosa, o Bopp, e deixar meu coração mais livre, preciso de terapia, astrologia, massagem nas costas doloridas, alongar o corpo e me largar na rampa, no abismo, no mundo, soltar as cordas balançar, compor uma música sexy e cantar desafinado. Rir disso tudo depois.
Eu preciso perder o medo de cachoeiras, ganhar mais dinheiro e viajar por aí com meus amigos, cuidar dos nervos, não ter mais medo do escuro e de me perder nos lugares, das pessoas, do amor e da vontade. Eu preciso parar com aflições e angustias e com esta timidez absurda, parar de disfarçar que não sinto, que não quero e não preciso.
De você agora.
Eu preciso ouvir mais meu intimo e crer em tudo que digo e gostar de você sem grilos, sem paranóias, parar de fazer caras estranhas, ler toda a poesia da estante, Guimarães Rosa, o Bopp, e deixar meu coração mais livre, preciso de terapia, astrologia, massagem nas costas doloridas, alongar o corpo e me largar na rampa, no abismo, no mundo, soltar as cordas balançar, compor uma música sexy e cantar desafinado. Rir disso tudo depois.
Eu preciso perder o medo de cachoeiras, ganhar mais dinheiro e viajar por aí com meus amigos, cuidar dos nervos, não ter mais medo do escuro e de me perder nos lugares, das pessoas, do amor e da vontade. Eu preciso parar com aflições e angustias e com esta timidez absurda, parar de disfarçar que não sinto, que não quero e não preciso.
De você agora.
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