Eu já ouvi falar que a gente mede a inteligencia de um homem pela capacidade de adaptação.
Sei lá, mas começo a achar que isso faz sentido. Não sei se a palavra é inteligencia mas existe em mim a necessidade de sobrevivência. O desespero por conseguir sobreviver ao que nos fez tristes e ao que nos faz alegres. Ao que nos fez chorar, ao que nos machuca. Sobreviver ao movimento cortante, ao que retalha, à dor que se derrama pelo chão e ao próprio remendo que depois fica na gente.
E é preciso saber sobreviver a tudo aquilo que faz a nossa vida ficar de repente a maior aventura, o desespero de sobreviver à ideia de que a vida é tudo o que se esperou, a vida é toda nossa e somos herois de uma história incrivel. Sobreviver à felicidade pode ser trágico.
Então, ter que se adaptar é o maior dos desafios. Ter que se adaptar não ao mundo nem aos outros e sim a nós. Ter que se adaptar ao estranho, ao doido, ao rebelde, ao apaixonado, ao marginal. Ao fraco que existe em nós. Ao tristonho morador que habita e chora dentro de nós.
Outro dia eu queria muito chorar mas nem consegui tamanha era minha falta de adaptação. E como fosse o último dos seres merecedores de compaixão sofri a seco, e este castigo degrada a gente. É preciso poder chorar.
Mas eu não quis mais.
Tratei logo de me adptar. A seco.
4 comentários:
afinal, quem não chora, não mama!
sensacional amiga, depois de uma semana peculiar como essa, tá aí a explicação. te amo!
enfim, ta entrando como o meu pai mas quem escreveu fui eu, Marina, vc sabe... tenho que me adaptar a esses computadores tb hahaha
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