domingo, 26 de junho de 2011

Avatar

Tem uma hora que a gente se pergunta, e agora?
Tem uma hora que a gente se pergunta, o que eu faço?
E a gente se pergunta o que eu quero, para onde eu vou?
Que coisa é essa que não é prosa, nem poesia, nem romance de quinta?
Não, talvez seja o nada, e a gente se pergunta o porque da confusão se não é nada?
O nada está me deixando confusa? Está me deixando triste? O nada está me deixando.
Minha vida está no gerundio quando sou melhor, muito melhor, no pretérito mais que perfeito.
Não posso reclamar. Outro dia me explicaram que o mundo que a gente tem é o mundo que a gente projeta.
E então eu me pergunto: paro de escrever banalidades e faço o que?
Talvez nunca mais escrever e começar a viver direito.
Menos fantasia e mais dinheiro.
Mais realidade e menos poesia.
Menos sobressalto e mais saúde.
Mais verdade e menos saudade.
Menos sonho e mais força de vontade.
Para pintar o mundo com as minhas cores, com minha assinatura.
Para plantar meu jardim, contruir minha casa, criar aquele lugar onde quero estar.
Sem mais perguntas, vou ser meu próprio avatar.

Nenhum comentário: