quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Redundante

Meu amor ficou escondido,
Meu amor ficou aturdido, de um jeito
que nao deveria estar, está louco  
Enlouqueceu aos poucos, porque não avisaram
que nao é saudavel amar demais,
Meu amor está doente, triste,
Meu amor ficou mal acostumado
porque não ensinaram que amor não era
aquele modo inacreditável de gostar, 
de marte, de venus, maldito
Daquele modo de amar desenfreado
Meu amor ficou fraco, meu amor ficou alucinado
De tanto amar está perdido pelos becos
Bruto, sem lei, sem jeito, feito no desgoverno
E feriu a si próprio
Quando pensava que era certo sentir
Medo, choro, lamento,
Do amor sem amor
O meu amor sofreu demais, tragou o amargo, provou o veneno
O meu amor que é cheio de vida, rústico, as sutilezas desconhece
Não lhe ensinaram que é pleno, o amor de verdade, é mar sereno
Não lhe ensinaram o necessário: ser simples, belo, divino,
Desprevenido,
O desejo, é óleo que queima no mistério
Arde lentamente, o desejo,
Queima sem parar
Destemido
Sem parar jamais
Redundante  

Um comentário:

yasmin gomlevsky disse...

pulsante, como deve ser, e como não se ensina nem desensina, apenas, se é amor, é